quarta-feira, 18 de março de 2015

Enquanto isso, no Brasil...

Algumas considerações sobre os fatos acontecidos nos últimos dias que acho pertinentes:

1) Presidente da Câmara afirma que, se o Governo quisesse propor a reforma política, deveria "ter insistido mais" para que o projeto fosse novamente apreciado na Casa: bom, se o projeto é bom e serviria para sanear a condução política no País, tornando as coisas mais claras, simples e honestas, traduzindo assim em uma melhoria, mesmo que indiretamente, da vida do brasileiro, porque a própria Câmara não se sensibilizou e, por si mesma e a despeito da falta de insistência do Executivo, não deliberou e votou o projeto? Dizer que não o fez porque o Planalto não insistiu é, no mínimo, prova de uma incompetência e falta de vontade, quem dirá de a Câmara está "pouco se fudendo" para o bem-estar da Nação. Senhor Presidente da Câmara, me compre um bode!
2) Pessoas, em manifestações, pedindo "intervenção militar" e/ou "a volta da ditadura", no melhor estilo "naquela época não tinha bandalheira": eu posso até entender a necessidade e urgência de "sanear" a política brasileira, bem com de por ordem ao "mundo de fantasia" que os políticos em Brasília fomentam e vivem, mais pedir por coisas que já se mostraram ineficazes no objetivo de proporcionar o bem-estar e a igualdade de direitos a TODOS os cidadão ao longo de 7 mil anos de civilização, é um equivoco, uma ilusão, para não dizer uma ideia totalmente maluca fomentada na cabeça das pessoas por indivíduos que "ganhariam mais que qualquer outro" com a instauração de regimes pautados na repressão. Como historiador, não aceito tal pensamento por saber que tal medida é ineficaz, principalmente no que tange ao sentimento de liberdade do homem. Como ser humano, não aceito que ninguém queira sobrepor minha livre escolha em nome de uma "pseudo-estabilidade" - e para exemplificar o que digo existem diversas obras que tratam do assunto. Vão enxugar gelo!
3) Entra mandato e sai mandato e vejo coisas na nossa querida Brasília que só não me enjoam porque tomo Dramin antes de ler qualquer notícia política. Ora que na lista da operação lava-jato figura nomes de diversos políticos, dentre eles, pessoas conhecidas, como Collor e Renan Calheiros. Mas, peraí, Calheiros de novo envolvido em escândalo? Isso por acaso é algum deja vu de 2007? Sim, Calheiros já RENUNCIOU À PRESIDÊNCIA DO SENADO EM 2007, quando quase ele foi cassado por conta de um escândalo envolvendo aquisição de empresas de comunicação por intermédio de laranjas. Pra quem não se lembra, basta uma pesquisa rápida no São Google - padroeiro dos esquecidos e dos estudantes - para verificar isso. Ou seja, nem se passaram 5 anos desse ocorrido, e o cara volta à Presidência do Senado, e é novamente envolvido em escândalo? Acredito que isso por si só já deva deixar a quem ler isto indagado de como ele conseguiu isso. Não sei, sinceramente. Mas acho de uma cretinisse sem igual uma pessoa que, na época, se julgava inocente, renunciar ao cargo pra evitar perder os direitos políticos e, na volta ao poder - não sei como, novamente - se envolver em novos escândalos. Isso pra mim é a representação máxima do que eu já sabia: os políticos brasileiros creem, sem a menor dúvida, que todo brasileiro é idiota, e que merece ser feito de otário e roubado. Isso sem falar no Collor... Nesse ponto, não terei frase final, por ela seria um impropério daqueles...

Em suma, é isso... Até outro dia, caso meu enjoo da política nacional - e internacional também - permitir.

Abs.